VINTE QUATRO HORAS (Para Fátima)
É doce ouvir você me revelar,
verter serotonina sobre mim;
sou todo credo pra me decantar,
desfaço do disfarce até o fim.
Clareia quando escuto a sua voz,
o dia brilha farto de calor,
a minha onipotência tão feroz
se esvai no desfastio do teu amor.
Menino sou, carente de saber
das coisas dessa vida elementar;
tão fraco, extenuado de correr;
tão tosco e fatigado de brincar.
Só mesmo tua mão pra me render
e a tua lucidez pra me adequar:
"são vinte quatro horas pra viver!
Só vinte quatro horas, vamos lá!".