Sou eu!
Mais uma anotação salva!
De algo que foi perdido.
Perdido como um ponto preto!
Em meio a escuridão.
Perdido como eu me sinto
Em meio a pensamentos e sentimentos
Conflitando meu interior
Perturbando minha paz adoecida
Aos poucos, essa noite se resume como a noite passada...
E a noite passada como a de antepassada!
O caos transgredindo o silêncio
E o silêncio...
É só um buraco que distancia ainda mais o que ja não se aproxima!.
Maria aranilda diria que é mais um poema triste...
Mais diria também que gosta de poesias tristes!
Mais ninguém gosta da tristeza.
Mais todos a sentem
Cada ser com sua própria válvula de precisão.
Uns com baixa intensidade...
Outros ao extremo da chama.
Mais ao mesmo tempo todos adimiramos a tristeza!
ou simplesmente... nos conhecemos mais através dela.
É impressionante como a vida gira e volta a tais situações
das quais se nota nitidamente o quão se esvai energéticamente.
Nesse instante...
Fadiga tremenda pelo fardo do dia
Mais composta de dias atrás!
E se o amanhã for o resumo?!
E se acontecer de o amanhã estiver todos a minha volta! Mas em última despedida.
Os últimos momentos serão imortais para quem ficar depois que a dona morte passar.
E se nunca mais vier o tempo bom?
Nem os ruins!?
Os últimos momentos sem paz verdadeira no coração.
E o vazio...
O (silêncio ) ...
E a escuridão!?
A escuridão de um ponto preto perdido na escuridão de seus pensamentos perdidos!
Perdido no tempo que atravessa...
Perdido no pulsar das horas.
E o amanhã?
E para quem! O amanhã virá?
Expectativa de melhorar a gente tem...
Mais a certeza mesmo, não existe!
Pulsando a vida
...por enquanto !
Altos e baixos.
Alegria e pranto!
Mesmo não sabendo quem ou o que realmente sou
Acho que esse sou eu!
Sentindo na pele as mudanças da vida
Como uma flor sente em suas petalas a transformação do tempo!
E cada instante é um novo momento...
Só sei do que vivi até agora!
Mais o que vou sentir e viver daqui pra frente?
Quem serei eu em trinta anos a frente?
Ja que pouco sei de mim nesses trinta anos de vida que se passaram!
Será que minhas poesias me acompanharão até esse dia?
Será que a vida tomará outro rumo ou outra forma de ser?
Minha utopia artística prevalecerá até o último folego de vida?
Tantas questões para dar mais sentido a vida antes mesmo de sentir a vida acontecer!
Tanto para ser quem eu sou, sem saber se é bom ou ruim, ocupar essa energia que me cabe... que me preenche de pensamentos vazios!
As vezes até que me encontro!
Mais nas palavras de outras pessoas.
Sou eu quem faço parte delas...?
Ou são elas que fazem parte de mim?!
Parte de algo que ainda encontra-se incompleto.
E minha rota de fuga torna-se um labirinto.
Onde me perco ainda mais tentando me encontrar.
Perguntei um dia a flor mais bela do meu jardim, se haveria possibilidade de compreender meus pensamentos.
E ela um dia em forma de uma pequena mulher, respondeu ser igual a mim!
Então me alivio tambem sendo parte desse jardim.
Jardim de flores e espinhos
Jardim da vida!
Florescendo os sonhos entre os
Espinhos da realidade!
Minha arte grita do fundo da minha alma...
Ecôa corpo a dentro
E se reverbera em tudo que está a minha volta.
Na rima, no verso
Na tinta, no muro
Na argila que molda o que quer ser criado.
Fazendo de mim apenas ferramenta de sua existência
Na corda e no acórde
Melodía que vibra e realinha meus declínios.
E me retoma ao natural.
Um turbilhão bem agitado
dentro de um sujeito pacato
Vai entender!
Talvez seja isso tudo a minha representação
E quando digo estar perdido ou não saber quem sou...
Talvez é por tudo isso que me forma
Não tenha apenas uma definição!
E tão somente me resuma em Windston Santos
《W.$anto$ ¤