Tolo
O homem desamado,
face e arma em punhos que tremem,
pecúlios de sangue e cruzes na ponta dos dedos,
neologismos e rezas nos lábios que secam,
sementes e sêmen desproporcionais à nobreza de quem vive.
Vives?
De volta ao trabalho,
de volta ao bar,
de volta ao lar,
devoto e absorto,
em pé, diante de todos os tronos,
gramaticalmente imperfeito
por honrarias de quem vive ao lado.
O homem ama...
Tolo!