INEQUAÇÃO INEXATA
Há muito tempo que já nem aguento
Nem sei precisar quando se deu
Perdi-me de mim assim sem sentir
Sim por que sem desvanecer
Sem nem qualquer sinal aparente
De mim mesmo não fiquei mais rente, apenas ausente
E como um errante demente
Um fruto sem semente
Um corpo sem mente
Um adulto inconsequente
Pus-me a devagar divagar
Se um dia encontraria e teria
O que tanto me custa buscar
O que tanto me escapa e assalta
E de uma forma estranha me mata
E destrata toda essa saudade que afasta
A resolução dessa inequação inexata que se arrasta
Por entre tantas e tamanhas faltas...