Fênix
Nasci trôpega,
Apenas olhos, lágrimas, riso e dor,
Apenas a sina que cada ser carrega,
Estigma que marca a palma
Em linhas retas ou não.
Com altos e baixos
Com baixos e baixos
Entre erros e acertos de quem só quer o amor,
Pai, mãe, filha,
Que sina, a dor incessante
Que destrói a cada instante
A esperança camuflada na dor.
Mas qual ferro quente
A forja que molda inocente
Na brasa a alma da gente
Faz renascer diferente
A força forjada na dor
E traz à luz algo novo
Com arestas e marcas do fogo
O que a vida por certo cobrou.