Oxalá, rapaz!
Lá vai o herói!
Vê como cansa,
vê como dança,
e chora,
e reza,
e mata,
e hesita,
e distingue pães de gente,
e evoca cacos de gente,
posto que a couraça é de carne
e sua carne tem fome há muito.
Mas prossegue, circunspecto.
Tem fé em Deus e nos poules de jogos de azar,
tem manias de banquete e salas de estar,
rapaz derradeiro em ceias e oferendas,
herói sonhador,
desencontrou o amor que na verdade nunca encontrou.
Oxalá, rapaz!
Um mundo de fantasias sob teu chapéu de palha,
uns versos mentirosos sobre tapetes e cadáveres,
medalhas douradas que escondem tanto sangue.
Lá vai o herói sem saber...
Quem venceu no final?!