O COTIDIANO

O COTIDIANO

A melancólica tarde adormece

Traz sempre a noite esperançosa

Que rompe o lençol da castidade

Com ou sem estrelas, ela chega

Serenando o pensamento

O corpo cansado adormece

A companheira emudece e ronca

A noite cumpriu sua missão

O sol desvirgina a madrugada

A aurora rasga o véu matinal

O cotidiano se espreguiça lentamente

A trincheira da faina se abre

E volta a benigna lida laboral

O verbo fecunda, vamos a luta

O homem lavra a terra fértil

A guerra hoje é sem espada

A batalha agora é sem fuzil

A luta é uma peleja inglória

O homem um ser servil

Somos telúricos e a Terra nosso refúgio.

Capanema, 23 de agosto de 2017. Salencar

Samuel Alencar da Silva

salencar
Enviado por salencar em 24/08/2017
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