PAZ INTELIGENTE
Estou sempre preparado
Para os conflitos do cotidiano.
Sempre que desperto,
Minha mente é despertador
E me liga incontinenti à realidade,
Os sonhos da noite murcham, solitários.
Desviei-me do hábito de ver-me perdedor,
Meus passos do dia a dia são concisos
E eu escrevo uma série de recomendações
As quais busco segui-las, imperturbavelmente.
Sobre minhas obrigações costumeiras,
Faço o máximo para administrá-las a contento.
Na realidade, sou meu próprio presidente.
Meu íntimo é legislativo: elabora leis, outorga-as
E me faz cumpri-las, sem acomodações, tais quais
Foram escritas. É dever meu obedecer a elas
A fim de que não entre em conflito comigo mesmo.
Evidências de casos não previstos ocorrem,
Não obstante convoco meu parlamento extraordinariamente.
Tudo se resolve!
Assim elucidando as circunstâncias temporais,
A lógica me mostra que atuo como perfeito político
Visto que borro definitivamente em mim o negativismo
E tal procedimento traz-me a tranquilidade do travesseiro,
Porquanto se sabe que pôr a cabeça nas almofadas noturnas
Requer um mínimo de paz interior, sem fantasias.
Caso apareceram conflitos bélicos, certamente não são meus.
Vida que se pauta no autorretrato da intimidade
Com certeza não manuseia armas de qualquer espécie
E os lábios são focos de uma verdade indubitável:
O sorriso franco, fiel, incondicional.
DE Ivan De Oliveira Melo