*** My Honor And Pleasure***
Nesta segunda o céu continua cinza.
O Sol está em algum lugar.
Mas ele ainda está.
Muito embora, muitas nuvens insistem em cobrir o seu brilho.
Bem faz o sol que brilha em outro lugar.
Os nublados pensamentos fazem-se sombrios.
As nefastas reminiscências sobem
tornam-se presentes.
Ficam em pé, acusam.
E o desejo de entender-me é o mesmo desejo de recuar,
sair de mim, analisar-me de fora.
Não percebi, não entendi.
E um rubor acende, incandeia(incandescente?)
Inflama, visceral.
Avanço!
Nos lugares onde não andei, mas que pisei.
Muitas vezes pisei fundo, toquei fundo, feri.
Para que promessas?
Fizeram-nas...
Para quê?
Quem pediu, mente insana?
Analisando.
Existem ainda muitas inocências.
E a inocência foi partida mais uma vez
foi diminuída em seu ser;
com torpe indecências que não fazem parte de mim, nem delas.
Nunca pertenceram-me e nem a elas pertenceram e também não pertencerão.
As inocências ambulantes, habitantes mundo afora.
Ainda bem que existem inocências!
E um ser dito racional, asqueroso, mascarado de bem;
que bate forte,
um dia será apenas um crânio.
Menos lixo, menos podridão,
um pensar vil, obscuro e covarde.
Que espreita novas presas, novas vítimas sempre.
Realmente seu prazer...
Perverso
My Honor and Pleasure.
Sinto nojo...
Imenso, intenso.
Não!
O contrário do que entendem
e no jogo duro e truculento da verdade,
o desejo é:
A honra de qualquer uma inocência é o seu prazer...
Grace Fares
21/08/2017