PROTÓTIPO

Primeiro ponto lançado

No chão de terra batida

Marcando o dia nascente

Na porta que traz a vida.

No ponto inicial

A luta do senso comum

Nasceu para brilhar

Brilhou em tempo algum.

Prestou seu ponto falho

Ao ponto que chega ao fim

Restou o risco presente

Da sede de seguir enfim.

Regou seu hoje com flores

Sentenciou sua sorte ali

O risco era fato gravado

Resolveu partir dali.

Focou seu olhar nas chamas

Que consumiam seu ser incandescente

Não soube ao certo o que fazer

Estava inconsistente.

No lápis que marca a folha

Prezou pela simplicidade

Deixou gravada em cores

A marca da fugacidade.

Sentindo seu tempo partir

Logrou ser condensado

Colou seu protótipo no quadro

Esperou assim ser lembrado.

Não tendo como prensar

Na prensa da liberdade

Fechou seu olhos em paz

A vida era saudade.

NEUZA DRUMOND
Enviado por NEUZA DRUMOND em 15/08/2017
Código do texto: T6085007
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