PROTÓTIPO
Primeiro ponto lançado
No chão de terra batida
Marcando o dia nascente
Na porta que traz a vida.
No ponto inicial
A luta do senso comum
Nasceu para brilhar
Brilhou em tempo algum.
Prestou seu ponto falho
Ao ponto que chega ao fim
Restou o risco presente
Da sede de seguir enfim.
Regou seu hoje com flores
Sentenciou sua sorte ali
O risco era fato gravado
Resolveu partir dali.
Focou seu olhar nas chamas
Que consumiam seu ser incandescente
Não soube ao certo o que fazer
Estava inconsistente.
No lápis que marca a folha
Prezou pela simplicidade
Deixou gravada em cores
A marca da fugacidade.
Sentindo seu tempo partir
Logrou ser condensado
Colou seu protótipo no quadro
Esperou assim ser lembrado.
Não tendo como prensar
Na prensa da liberdade
Fechou seu olhos em paz
A vida era saudade.