Outro tempo
A fuligem dos segundos em meus olhos
Talvez cinzas de um tempo outro
Que não se mensurava nos relógio
Os momentos, os desejos , o sabores
Parecia que tudo era pra sempre
As coisas essenciais mais simples que
Tinham em sua simplicidade o equilíbrio
De toda nossa vida.
E sem saber, perdemos
O jeito, o toque, o tempo de fazer e não
Aquilo que reclamava calado ação, solvência
E o hoje nos cobra as letras vencidas
Das promessas que não cumprimos
Tudo daríamos para poder de novo tomar
Cada atitude boba, gesto tolo ao que parecem,
Mas que hoje são somente isso: bobagens e tolices
Falta-lhe o lastro de sentimentos e desejos
O amor se foi e sua ausência deixou tudo
O que era comum muito comum
O que era simples realmente simples