Versos de vida
Caminhei por entre aqueles campos verdes
Onde o céu era lilás e as nuvens multicores
Podia-se ouvir a musica ao longe
Ecoando no presente,
Ressoando nos corações aflitos e mansos
Que por acidente esconderam-se na dureza da razão,
E o que é a beleza senão o amor?
E se é a salvação que buscamos
Que assim seja,
Não nos céus,
Mas bem aqui.
No esconderijo que busquei pra mim
Já pouco convence minhas vontades.
Dos últimos segundos restantes de derrota
Esquece-se a vitória e vive!
Vive para ser livre,
Mas o que é a liberdade senão o amar?
Amar até onde os olhos não podem ver,
Onde o jogo cessa na morte,
Deixando os rastros de saudades
Do tempo que já não mais volta
E que deseja se repetir,
Mas e se a repetição nos levar ao mesmo fim?
Quem seríamos além de seres humanos pensantes?
Como as flores que morrem diante da própria beleza
murcham com o tempo,
voltando de onde partiram
renascendo de si mesmos,
Tornando-se parte do todo,
Do tudo.