ÀS EXPENSAS DO BENDITO
A leveza da pluma n'água
o singelo ruído da coruja
a mesmice do pêndulo
a preguiça do sorriso
tudo é mais bonito
quando se pratica o ócio
e se dá um tempo no ciso
viver às expensas do bendito...
Correr para quê
se não há pódio
envelhecer por quê
bebendo sódio
na água mineral
morrer pra quê
se a vida é um ato sideral?
Me diga:
Você vai parar o Trump?
Vai saltar de bang jump?
E a Coréia do Norte?
Vai arriscar a sorte?
O tempo só corre
porque o homem dá corda
e depois morre...