MÁGICOS INSTANTES
Corri feito criança naquela terra molhada,
Desnudo dos problemas cruéis do cotidiano...
E mesmo que meu olhar vislumbrasse ângulos
Era a alforria que buscava perante as cataratas.
Vento frio esbofeteava meu rosto tanto pálido,
Água gelada caía feito trombas das nuvens escuras
E eu deslumbrado tropeçava, levantava sem clausura
Gritando a liberdade que se oferecia pelos pátios.
Encharcado, sorria... Doutrina e aventura de vida livre,
Bebia das gotas do orvalho o sepulcro aberto do alvitre
Que era o saracotear da rebeldia diante do mundo...
Assim pululei feliz sem açodar-me, sem ouvir trovoadas.
A chuva era a magia da bagunça a que propus semeada
Pela candura de somente viver todas as horas e segundos!
DE Ivan de Oliveira Melo