Um coração cansado...
Ah, coração,
deixa-me viver bem muito,
entre os sorrisos do mundo:
entre ele, tu e eu.
Ah! Coração,
em que ritmo queres que eu sobreviva?
que cor preferes dar à minha vida?
quanto amor ainda hei de ter,
antes que me chegue tua última dor
e assim me leves?
Ah..., coração, nem te peço tanto,
apenas que me retires as lágrimas
no sangue que empurras em mim,
esse teu insípido desencanto.
Ah coração, minhas artérias reclamam de ti,
minhas veias se encobrem envergonhadas,
e cadê meus passos mais rápidos, onde estão?
Ah meu lindo coração formoso,
por que me limitas até o beijo?
por que me fazes compassado em certo medo
de perder-te e contigo irmos, juntos, embora?
Bates em 66 chamadas de pouca alegria,
mas não paras dentro do peito, mas por certo um dia,
o que me traz esperança de ainda ter muito chão à frente,
Sorrir e chora, contentemente,
antes que me leves contigo para as mãos de um anjo,
antes que me acabe os milagres dos teu encantos,
antes que morram abraçados...
este poeta, sua poesia e teu deseterno canto:
tum tac, tum tac, tum tac.
Ah coração meu, não te despeça nem tão cedo,
abriga-me em qualquer outro medo,
mas que este apresse ainda mais teu ritmo
e deixe-me entreter os meus desejos