Destino

Construindo sonhos

Sobrevivendo noites

Resistindo açoites

Que a vivência lança

O vento lança

Morte pela lança

Não entrarei na dança

Das cadeiras condenadas

Lapidadas pelo prazer

De personalidades enlatadas

Sacam as armas de sangue

Depois só resta o pó

Nas notas marcadas

Pessoas frias e só

Profecias maias

Ruínas nos calendários

Eles não estavam errados

O gelo derrete

Os mares transbordam

Suas lágrimas nas ondas se perdem

Correr é em vão

Tome parte da invasão

Atiraram balas de água

Nos nossos castelos de areias

Iremos desmoronar

Mas quem sabe esse é o nosso destino

Nos resta aceitar

Somos os caras do Titanic tocando violino

Das ruínas o que sobrar é lucro

Assim é melhor eu te juro

Na nossa idade temos sorte por termos visto tudo

Dessa perda não vale a pena o luto

Nem o baque do susto

Só vai restar o vulto.

Jovem Patife
Enviado por Jovem Patife em 27/07/2017
Reeditado em 20/01/2018
Código do texto: T6066030
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