Destino
Construindo sonhos
Sobrevivendo noites
Resistindo açoites
Que a vivência lança
O vento lança
Morte pela lança
Não entrarei na dança
Das cadeiras condenadas
Lapidadas pelo prazer
De personalidades enlatadas
Sacam as armas de sangue
Depois só resta o pó
Nas notas marcadas
Pessoas frias e só
Profecias maias
Ruínas nos calendários
Eles não estavam errados
O gelo derrete
Os mares transbordam
Suas lágrimas nas ondas se perdem
Correr é em vão
Tome parte da invasão
Atiraram balas de água
Nos nossos castelos de areias
Iremos desmoronar
Mas quem sabe esse é o nosso destino
Nos resta aceitar
Somos os caras do Titanic tocando violino
Das ruínas o que sobrar é lucro
Assim é melhor eu te juro
Na nossa idade temos sorte por termos visto tudo
Dessa perda não vale a pena o luto
Nem o baque do susto
Só vai restar o vulto.