À DERIVA
joga para cá
joga para lá
é o mar a jogar
meu corpo
este que pesa
este que se lesa
não me enquadro ao sistema
penso:
que dilema!
e meu corpo se balança
sinto saudade da criança
que de olhos abertos ou fechados via o mar
num simples e doce imaginar
e ficava a implorar:
me leve para pescar
no mar
estou à deriva
penso:
sou esquiva
sei me safar