Um Arco-íris
Hoje, no cotidiano itinerário
ao contemplar um arco-íris,
que majestoso e imponente
derramava-se na entrada sul da cidade,
ocorreu-me memórias
nostálgicas dos tempos em que
possuía uma consciência pueril.
Passar por debaixo desse arco multicolor?
Pensar em passar, sim!
Por em prática o ato pensado, não.
Pois resultaria numa troca de gênero: quem fosse Adão voltaria Eva. Se fora Eva voltava Adão.
Pois vejam que consciência infante.
E o mundo, esse ardiloso pintor,
com a tinta óleo da mácula
a cobrir nossas almas
com pinceladas de astúcias.
(Uhoston Silva)