Tal tempo

são poças de remorsos à natureza prima

de sangue estagnado por dissipações

e sonhos esvoaçados de sujos vestígios

tristezas recorrentes à luz de involuções...

é o eterno que morre malsão entre os dedos

escolhas que convergem à insana escravidão

são dores, desencantos d'infeliz desejo

nos olhos que se atêm à própria escuridão...

e, de toda verdade, o cultivo insosso

dos muitos pesadelos qu'inda hão de vir

são pedras pequeninas por entre destroços...

medos que não dão trela d'alguém arguir

soluçam no vazio dum tal alvoroço

diz ser suma certeza que é chegado o fim.