Vômito Noturno

Quando me acordo neste deserto árido

Retorno em rios e vultos duvidosos

Deito-me fatigado, inquieto, doloroso e vil confiante

Na volta da marca pra sempre repetida

Nada me faz alcançar a altiva promessa

Doce, alta, enfeitada, dor e meta

Ruim é aquele que não se dobra

Existência rude, suave bruta e medíocre

Nada mais que sobras doces e estridentes gestos

Resiste entre esses atos necessários e infindos

Belezas sórdidas que enganam o eu

Mestres da beleza e da paixão obscura

Repete na noite, na manhã necessária

Toda a nobreza enganada de se saber encurralado

Dentes rangem adentrando mistérios

Sufoca-me com verdades e enigmas enquanto durmo

Recitando a morte e a beleza de se fazer mentira...

Tenho frio!