NUMA TARDE

Não ria,

mas a cerejeira está te olhando com ar de folhas,

de suas raízes brota o aroma inconfundível;

a tarde envia seus raios e a envolve:

nunca despareça sem avisar...

O sol, desmaiado, se enxuga com a toalha de nuvens,

sacode seus raios e chove miúdas gotas;

a cerejeira balança, rindo,

te olha, te percebe,

te recebe...

Ronda aos seus pés o esquilo,

feliz pelo prêmio que caiu do céu,

ninguém passa naquela estrada

a muito tempo, vá por ali,

todas as coisas estão no lugar...