QUANDO AS FOLHAS SECAS CAEM

Esquecemo-nos às vezes,
O que é preciso conhecer
Sobre o que nos vai à alma,
Para em segredo se dizer.

É visto que a vida corre,
E aos que nos ladeiam,
Como estão sempre cá,
Falta o amor que anseiam.

Em algum dia tudo se vai,
O que era não mais será,
Como a folha seca que cai,
E o Tempo invisível levará.

Queria eu poder cuidar de ti,
Tal a folha seca já não posso
Qual o bordo outonal te perdi...
Vão é esperar dela o regresso.

Segue ágil o rio como benção,
Murmúrios em seu caminho,
As mãos de sombras como unção,

Vão pensando todas as feridas
Abertas, doridas, em cada peito,
Herdadas de nossa própria vida


[Mauro Martins S.]
 
Mauro Martins Santos
Enviado por Mauro Martins Santos em 23/06/2017
Código do texto: T6035009
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