Meu vício

MEU VÍCIO

Queria viver de poesia

Seria poesia de noite

Seria poesia de dia

Poesia no ar que respiro

Poesia eu até comeria

Uma rima de leve na janta

Um verso recheado no café

E no almoço uma estrofe inteira

Acompanhada com farinha

Pra nutrir melhor a vida

Todo dia iria beber

Matar a sede de poesia

Só tomando grandes doses

Pra me embriagar desse néctar

Com sabor de harmonia

Quero sempre mais e mais

Encher a cara e as veias

Até meu sangue correria

Cheio dessa substância

Viveria num coma poético

Induzido pela euforia

Usar essa droga pesada

É minha maior alegria

Pra mim é tarde demais agora

Pois desde a primeira prova

Me viciei em poesia!

Candy di Encantus e Renato Caranã
Enviado por Candy di Encantus em 21/06/2017
Código do texto: T6033849
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