Conversa de pescador
Mar de agora,
outrora e afins,
amor de tantos amores,
e meus devaneios se chocam imersos em destilados.
O bêbado ama,
dança nu,
corre nu,
co-existe, cru,
quebra correntes e promessas de fim de ano,
conhece a Deus e seus mandamentos,
o bêbado brinca de ser Deus quando não
há a quem subjugar ou desfechos de mera criação.
Mar de quem?
Horas de quem?
Universo...
Me leva, sereia.
Me leva, serpente.
Decifra-me, faminta!
Paraísos de sargaço
e rumores de guerra além-mar...
O bêbado vomita.
Poesias de pescador.