Conversa de pescador

Mar de agora,

outrora e afins,

amor de tantos amores,

e meus devaneios se chocam imersos em destilados.

O bêbado ama,

dança nu,

corre nu,

co-existe, cru,

quebra correntes e promessas de fim de ano,

conhece a Deus e seus mandamentos,

o bêbado brinca de ser Deus quando não

há a quem subjugar ou desfechos de mera criação.

Mar de quem?

Horas de quem?

Universo...

Me leva, sereia.

Me leva, serpente.

Decifra-me, faminta!

Paraísos de sargaço

e rumores de guerra além-mar...

O bêbado vomita.

Poesias de pescador.

Marcos Karan
Enviado por Marcos Karan em 13/06/2017
Reeditado em 04/10/2023
Código do texto: T6026115
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