Barro

O vejo entrando pelos portais

Vindo sobre nobre montaria

Acenando para a multidão

A mesma multidão que te aplaude

De ar superior

És tu o primeiro a levantar o chicote para o oprimido

Ou a rosa para o impostor

Caminhas entre as ruas de Jerusalém, certo da chegada ao palácio

Mas o cavalo não é fiel ou a ferradura não foi bem posta

E agora te vejo cair

No chão todos os homens se tornam iguais

Do cavalo para o barro. De onde nunca deveria ter saído.

Sarah Magno
Enviado por Sarah Magno em 12/06/2017
Código do texto: T6025806
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