RELAÇÕES HUMANAS

A arma reza

à memória da bala que se foi

errou o alvo humano

atingiu o boi

no pasto das relações humanas:

dorme a carne sobre a mesa em fartura insana...

O poeta vê a festa dos índios e ameríndios e sub-índios na oca

a arma ora

aponta

e deflora

a alma da sub-raça nascente

feita de beleza escultural

e pele vigente...

Deitado sobre berço esplêndido

o poema bate suas asas descomunais

e voa e vaga e vaga e voa e soa

suas sílabas lapidares

gozando do corpo etéreo

da brisa feita de mil e um ares...

A vida - biblioteca escrita ao vivo

com personagens perpétuos

e comestíveis em delírios

orna seu nome com palavras absurdas

que mal falam pois que são flores mudas...