A Rede

Mãe e filhos na canoa de pano

Galera dos mares da noite

Infladas as velas das páginas

De alguma rica história

Que cúmplices folheiam

O vento morno e constante

Vento que acaricia os cabelos

Conforto denso

Doçura que se come de colher

Sob suas penas a cria

Natural satisfação

De bordar e tecer o futuro

Que cada vez mais

Se bordará sem suas mãos

Mas por hora eles lêem

Sob o abrigo do seu colo

E mesmo sozinhos

Num futuro sem a rede

Pela vida ela ditará seus passos

Oscilantes

Pra lá e pra cá…

Seguros num abraço que permanece

João Antonio Heinisch
Enviado por João Antonio Heinisch em 02/06/2017
Código do texto: T6016811
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