Simples assim
O que diria dessa vida
acaso me perguntasse
o que consterna e é belo?
Abstraio a insandecida
chuva de falsa catarse
venço o medo, faço o elo
perdido ser uma fase
e o acho na mais pura
vontade e semeadura
como é nobre, fraterno
desejo, que platônico foste,
hoje dois em um, em terno
abrigo na mente que o veste,
tolo medo, és amor
nas mais diversas formas!
Assistes a muros impostos
a não traçar-lhe os rostos
da face dos reais emblemas
és casto e te tornas poemas
na profundeza da alma
fazes bem, ventila, acalma,
fogo, ira, inveja e guerra,
vens como primavera
e vais como outono, saudoso,
porque tão misterioso?
Como ambiguo, opera
resiliência em solidão
e mostra a energia
do abraço e aperto de mão,
és mãe, pai, choro e alegria!
É...virou prova de amor
ver, ouvir, falar e escrever
o que vem de dentro da gente
parece que traz alguma dor
agir, amar, doar e ser
um pouco diferente,
que seja uma doce loucura
viver e levar a cura
a feridas da alma e da mente,
é que nesse mundo de fera
uma guardião te espera,
a depender de tua lente
enxergarás, como nunca,
a dor do outro em tua dor
a cor e o sorriso dele
no suor da tua pele,
prazer, me chamo amor!