Simples assim

O que diria dessa vida

acaso me perguntasse

o que consterna e é belo?

Abstraio a insandecida

chuva de falsa catarse

venço o medo, faço o elo

perdido ser uma fase

e o acho na mais pura

vontade e semeadura

como é nobre, fraterno

desejo, que platônico foste,

hoje dois em um, em terno

abrigo na mente que o veste,

tolo medo, és amor

nas mais diversas formas!

Assistes a muros impostos

a não traçar-lhe os rostos

da face dos reais emblemas

és casto e te tornas poemas

na profundeza da alma

fazes bem, ventila, acalma,

fogo, ira, inveja e guerra,

vens como primavera

e vais como outono, saudoso,

porque tão misterioso?

Como ambiguo, opera

resiliência em solidão

e mostra a energia

do abraço e aperto de mão,

és mãe, pai, choro e alegria!

É...virou prova de amor

ver, ouvir, falar e escrever

o que vem de dentro da gente

parece que traz alguma dor

agir, amar, doar e ser

um pouco diferente,

que seja uma doce loucura

viver e levar a cura

a feridas da alma e da mente,

é que nesse mundo de fera

uma guardião te espera,

a depender de tua lente

enxergarás, como nunca,

a dor do outro em tua dor

a cor e o sorriso dele

no suor da tua pele,

prazer, me chamo amor!

Dr Niedson Medeiros
Enviado por Dr Niedson Medeiros em 22/05/2017
Código do texto: T6006494
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