FONTE
Fonte de água nascente
Rio de água parada
Assim é o tempo presente
Que cerca a sua enseada.
Deságua num mar revolto
É sinônimo de iniquidade
O rio que passa estrondoso
Arrancando a liberdade
Destrói expectativa
Elimina possibilidade.
Lava a alma e os sonhos
Transborda de infelicidade.
No rio que corre para o mar
Da água que deságua na enchente
Estremece a brisa que passa
Na força do interesse contundente.
Depois de se misturar às ondas
Não opta por mais intimidade
Rasgou os alvéolos da sede
É só resquícios de saudade.
Na fonte um dia sonhada
O dia passa violento
Do rio outrora sereno
Deixando um choro, um lamento