FONTE

Fonte de água nascente

Rio de água parada

Assim é o tempo presente

Que cerca a sua enseada.

Deságua num mar revolto

É sinônimo de iniquidade

O rio que passa estrondoso

Arrancando a liberdade

Destrói expectativa

Elimina possibilidade.

Lava a alma e os sonhos

Transborda de infelicidade.

No rio que corre para o mar

Da água que deságua na enchente

Estremece a brisa que passa

Na força do interesse contundente.

Depois de se misturar às ondas

Não opta por mais intimidade

Rasgou os alvéolos da sede

É só resquícios de saudade.

Na fonte um dia sonhada

O dia passa violento

Do rio outrora sereno

Deixando um choro, um lamento

NEUZA DRUMOND
Enviado por NEUZA DRUMOND em 16/05/2017
Reeditado em 23/05/2017
Código do texto: T6000948
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