O SONHO
Que me perdoe a lua,
mas preciso dormir,
ao lugar de encanto ir
como se numa rua
cravejada de brilhantes,
criança feliz
dentro do instante...
Apagar no ar
as palavras que voam repentinamente,
dormir o sempre de agora,
assim, tão de repente...
Entre nuvens de paina
e memória sem vestígios,
recolher o corpo
e entregá-lo, sem juízo...