CIDADE DE PEDRA

Ainda que os meus pés pisem no cimento armado

Sinto como se pisasse no gramado do passado

Aliso a pétala da rosa amarela

A mais bela

Ainda que a poluição me sufoque

Sinto o ar fresco da manhã

Ainda que o transito seja caótico

Sinto a aragem entre os canteiros das rosas

e o perfume

E o perfume!

Ainda que eu aqui seja um anônimo transeunte

No peito guardo o menino

dos campos de trigo

Ele existe e insiste em mim

Faz da cidade de pedra um jardim

SONIA DELSIN
Enviado por SONIA DELSIN em 04/05/2017
Código do texto: T5989186
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