CIDADE DE PEDRA
Ainda que os meus pés pisem no cimento armado
Sinto como se pisasse no gramado do passado
Aliso a pétala da rosa amarela
A mais bela
Ainda que a poluição me sufoque
Sinto o ar fresco da manhã
Ainda que o transito seja caótico
Sinto a aragem entre os canteiros das rosas
e o perfume
E o perfume!
Ainda que eu aqui seja um anônimo transeunte
No peito guardo o menino
dos campos de trigo
Ele existe e insiste em mim
Faz da cidade de pedra um jardim