Liberto, e preso à saudade

Liberto, e preso à saudade

Só, nesta louca aflição

Quase num desatino

Que é de ti, ó coração,

O pendor do meu destino.

Liberto e preso à saudade

Vivo. E penso que morri

Pois nessa sua maldade,

Já bastou o que sofri !

É passado que não volta

Foi um começo, sem fim

De ti, Só colhi revolta

Num tremendo frenesim

Que pôs a vida em pedaços

Devaneios, realidades

- São os velhos embaraços

Que me prendem às saudades

Sinto um vazio na alma

Sinto-me só, sem ninguém

Na vida nada me acalma

O desânimo, me detém !

São 01/05/2017 (data da criação)

Armando A. C. Garcia

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