Nova história
Há uma espécie de colágeno
retesando as últimas fibras
ativas do coração ameno
a espera de divinas obras
em labirintos da alma:
sofrega o elo perdido
da conquista castrada
em voz, luz, fitar e calma
de território desconhecido!
Mais uma vez amada
estará, não mais cansada,
e o descanso receberá
em braços, ombros, calor,
vencido o muro do medo
esculpido a estorvar
tão profundo ardor
muro fraco, hoje rígido...
são as barreiras da mente
e por elas se perdem sempre
como o poema olvidado
numa lacuna decente
e o prenúncio se cumpre
em terreno "miragem"
em fé de cenas e atos,
pensamentos que agem,
meu discurso em tons abertos
expresso aos seus recatos,
futuro são rumos incertos,
e uso o alicerce os retratos
e assisto, sereno e quieto,
a história, os heróis e os fatos
resiliente em cicatrizes
de universos ferozes
que se foram aos ventos
sustentando o pulsar
resgatando o andar
acima dos pensamentos...