Dois mundos inteiros
Como chato piegas
veio, pungente, poeta
em linhas curvas e cegas,
hipnose é teu claro
verde a encontrar aberta
as castanhas luzes do raro
tempo em que cruzam e fixam
os raios de uma chuva
farta, alegre em verão
magnéticos em lua nova.
Só me resta, com zelo,
voltar-me ao que é belo
ao silêncio enigmático
que acalenta, empático,
delírios de afago ao cabelo,
etéreos histéricos
atos falhos omitem
chistes amenos matreiros
errantes em mais de cem
viagens a dois mundos inteiros...