Fogos de artifício

O corpo tracejado de giz levanta-se do chão; suas linhas são apagadas pelo vento. O chão nunca volta a ser apenas chão, mas deixa de ser cenário de morte.

O que me surpreende em viver é isto: são os corpos pulsantes que adormecem, são as linhas que se apagam, se re-desenham e formam outras coisas, outros corpos, outros espaços vazios.

Na verdade, não são nada, estão: feito as fases de fogos de artifício, duram um segundo, sempre mudando, até que viram outra coisa invisível.

Não são ciclos, são caminhos em linha reta sem retorno...