AUSÊNCIA II
Das escarpas do rochedo
Olho o mar e suas procelas intrépidas
Distante meu olhar vai se perdendo de tanto olhar
A gaivota passa ligeira do espelho d'água
Enquanto o vento traz as gotículas marinhas
Que suavizam meu rosto sombrio
Enquanto meu coração vai erodindo em meu peito
Meus braços pendem dos meus ombros para o infinito
Aflito um grito contrito avança pela minha garganta
E no mais absoluto silêncio calo
Apenas o som da tua voz ecoa em minhas entranhas
Estranha maneira de se devorar
Diante de um inimigo denominado ausência.