Alicerçando sonhos
Onde está firmado meu alicerce
que bambeia sobre ondas
sacoleja por entre ventos
valseia na pobre multidão?
Onde estás, estrutura que fogueia,
congela tempos e derrete visões
esfacela ideias mistas de homem
enterra sonhos não sonhados
encobre tantos marinados!
Um eu tão sedento de flor
que desabrocha enquanto dorme
desperta enquanto dorme
em coexistência perece
na fragilidade do ser!
Deita pétalas multicoloridas
recolhe tons acinzentados
espinhos que ferem a natureza
sangram artérias e fazem sangrias
das dores enquanto homem!