NASCI O POETA

Nasci poeta entremeio perturbações mentais

Da semente da loucura nasceu a inspiração

Da morte em vida nasceu mais um refrão

E na minha finitude palavras são palavras vão

Eu nasci poeta depois de muito perecer

Os criticos me mataram antes do alvorecer

Palavras, sentimentos e o medo de morrer

No esquecimento dos livros velhos empoeirados

Nascem poetas em campos de concentração

Na rotina, manicômio e prisão

Na favela, no mangue, no porão encarcerado

Amordaçado, os dedos fazem versos de esperança

Ate mesmo no inferno seus versos são luz e vida

Ate nos pulgueiros cracudos sem vida

A um fio de esperança quando verso se brilhar

A um fio de vida em corações a semear