em nosso reflexo
eles esqueceram de nos contar
de nos ensinar
de nos educar
sobre a realidade
que nos assombra
em pesadelos diurnos.
eles esqueceram de nos contar
sobre as crianças
que morrem por causa
do tráfico,
da guerra civil diária,
da falta de oportunidade.
eles esqueceram de nos contar
sobre as loucuras que homens
e mulheres
enfrentam
diariamente
atravessando o vão
entre o vagão e a
plataforma.
eles esqueceram de nos ensinar
sobre os limites do ser
humano,
do que somos capazes de
fazer
quando o tempo some
e o desespero passa a mover
os ponteiros do relógio.
eles esqueceram de nos ensinar
sobre o medo, sobre o
amor, sobre as lágrimas
que eventualmente
cairão
em nossos travesseiros
quando os problemas se
agravarem e o suicídio
parecer
a única saída
plausível.
eles esqueceram de nos educar
sobre a bondade,
sobre o altruísmo,
sobre a política que
derruba nossos semelhantes.
matamos assassinos e nos
enganamos com um discurso
de impunidade.
queremos a felicidade
julgando o motivo que
faz
o próximo sorrir.
queremos a liberdade
condenando quem é livre.
homens incitam a violência
disfarçada num discurso
moralista, de bons costumes.
e os que querem uma família
continuam na fila.
sorrisos sem data para nascer
ancorados entre uma morte
e outra.
classes que nos separam
e
religiões que nos matam.
nossas escolas carecem
de interesse.
nossas ruas carecem
de interesse.
nossa segurança carece
de interesse.
nossos empregos carecem
de interesse.
mas ainda conseguimos
encarar nosso
reflexo
no espelho
todos os dias
como se nada
estivesse
errado.
já não entendemos mais
as músicas.
é, eu sei.
o mundo tá insano.
eles esqueceram de nos contar
de nos ensinar
de nos educar
sobre a realidade
que nos assombra
em pesadelos diurnos.
eles esqueceram de nos contar
sobre as crianças
que morrem por causa
do tráfico,
da guerra civil diária,
da falta de oportunidade.
eles esqueceram de nos contar
sobre as loucuras que homens
e mulheres
enfrentam
diariamente
atravessando o vão
entre o vagão e a
plataforma.
eles esqueceram de nos ensinar
sobre os limites do ser
humano,
do que somos capazes de
fazer
quando o tempo some
e o desespero passa a mover
os ponteiros do relógio.
eles esqueceram de nos ensinar
sobre o medo, sobre o
amor, sobre as lágrimas
que eventualmente
cairão
em nossos travesseiros
quando os problemas se
agravarem e o suicídio
parecer
a única saída
plausível.
eles esqueceram de nos educar
sobre a bondade,
sobre o altruísmo,
sobre a política que
derruba nossos semelhantes.
matamos assassinos e nos
enganamos com um discurso
de impunidade.
queremos a felicidade
julgando o motivo que
faz
o próximo sorrir.
queremos a liberdade
condenando quem é livre.
homens incitam a violência
disfarçada num discurso
moralista, de bons costumes.
e os que querem uma família
continuam na fila.
sorrisos sem data para nascer
ancorados entre uma morte
e outra.
classes que nos separam
e
religiões que nos matam.
nossas escolas carecem
de interesse.
nossas ruas carecem
de interesse.
nossa segurança carece
de interesse.
nossos empregos carecem
de interesse.
mas ainda conseguimos
encarar nosso
reflexo
no espelho
todos os dias
como se nada
estivesse
errado.
já não entendemos mais
as músicas.
é, eu sei.
o mundo tá insano.