CADEIA VISCERAL
Estou presa, atada
Nas amarras da ignorância
As grades invisíveis
Me limitam, me prendem
Todo o espaço
Me é oferecido
Não há distâncias
Que não possa percorrer
Indo aqui ou ali
A cadeia me acompanha
Não me deixa expandir
Ela foi criada
Na aurora do despertar
Quando a escuridão
Permeia os recônditos
Do meu ser, do saber
Tudo impregnou
Todos os órgãos
Todos os membros
Estão contaminados
Pela falta de Luz
Luz debaixo do alqueire?
Medo- nada se vê
Tudo é escuridão
De repente a chama
Posso ver a Luz
Acima do alqueire
Não há grades
Medo, ignorância
O ser clama! Saber!