Independência
Recuso-me a aceitar o que me derem.
Recuso-me às verdades acabadas;
recuso-me, também, às que tiverem
pousadas no sem-fim as sete espadas.
Recuso-me às espadas que não ferem
e às que ferem por não serem dadas.
Recuso-me as eus-proprias que vierem
e às almas que já foram conquistadas.
Recuso-me a estar lúcida ou comprada
e a estar sozinha ou estar acompanhada.
Recuso-me a morrer. Recuso a vida.
Recuso-me à inocência e ao pecado
como a ser livre ou ser predestinada.
Recuso tudo, ó Terra dividida!