nesse momento
atento às coisas que digo? não pelos
andares que nos esfolam, homens,
passam desolados nas fronteiras da
civilização, não são nossos irmãos? pelo
jeito de andar, a forma como segura o copo,
a vida por fio em pontes de parafinas?
as janelas lhes passando pelos cantos
dos olhos (pelo cantos dos olhos muitas
fêmeas expressam a verdadeira imagem,
e sempre há a rua com seus
torvelinhos de sensualidade, lubricas
pernas imberbes que nos amedronta
de desejo, não era eu aquele de ontem
que amei, era mais um sonho, como
esse é um sonho que não ama, tudo parece
veloz nesse fim de tarde, a alegria
brota num talo incolor nas entranhas,
nesse momento eu tiraria sua calcinha