O TRIGÉSIMO QUARTO DIA
Chegou o trigésimo quarto dia.
Era começo de hora...
Que iniciava sem demora...
No dia que já ia embora.
Começou nessa ansiedade...
A viver essa realidade...
Que é tempo de iniquidade.
Estava muito insegura...
Sem saber aquilo que segura...
uma passagem de pura agrura.
Tivera um ontem sem antes...
Teria um amanhã em instantes...
E tinha o agora inconstante.
Que corrida era a vida...
Que saída era a partida...
Que partida exigia saída.
Sim, sempre estava intermitente...
Era muito incoerente...
Na vida que era de corrente.
Olhou os elos que prendia...
Viu que a vida partia...
No elo que se rompia.
Não sabia como reagir...
Havia muito ir e vir...
Nesse mundo a seguir.
Quando o mistério fala...
a razão impotente cala...
Para viver uma outra escala.
Não havia muito o que fazer...
A não ser lutar e crer...
Que ele está a te reerguer.
Nas duras atribulações...
Nas infinitas aflições...
Ele aponta soluções.
Abriu um livro concreto...
Leu no tempo discreto...
Um texto de seu decreto.
A partir daquele agora...
Viveria por sua hora...
sem medo de ir embora.
Assim, pede um incentivo...
Nem precisa ser inventivo...
Basta ser preciso.
Quem sabe procura ser amigo...
Consola com seu ombro de abrigo...
Aquela que está em perigo.
Pode vir a sucumbir...
Uma palavra, um sorrir...
Pode a ela acudir.