Despedida

O dia amanhece e saio pelas ruas como saem as formigas

Na caminhada matinal me deparo com ela, cansada e pálida

Exausta e sem vida, liberta-se e segue em frente. Parece feliz

Em despedida, tremulando, acena com um tchau, como a Miss.

O sol já não é tão agressivo e inunda de luz sua silhueta esguia

Neste momento, deixa o palco da vida sem a energia de outrora

Fica seu trabalho à obra da criação e para outras que logo virão

Flutua suavemente, como plumas de dente-de-leão ao vento

Pronto! Deitou-se sobre o solo espera apenas a ação da natureza

Sua vida, outrora fulgurante sob ventos, sois e tempestades

Agora repousa a espera silenciosamente, sem medo e sem dores

Manhã de outono, começa a renovação para a linda FOLHA.