O TRIGÉSIMO DIA
Chegou o trigésimo dia.
Estava numa manhã diferente...
Não se imaginava tão contente...
Vivendo um tempo surpreendente.
Buscou em seu pensamento...
Pontos de fundamento...
Para viver o momento.
Centrou seu falar e agir...
Naquilo que estava por vir...
E se lembrou de partir.
Queria conhecer o ocaso...
Viver um tempo bem raso...
Compreender o que é o acaso.
Sendo assim, sem passagem...
Pensou sair em viagem...
A caminho de uma postagem.
Leu o que quis ler...
Compreendeu o que quis compreender...
Sorriu um sorriso de bem querer.
Encontrou uma marca forte...
Na letra rabiscada, um corte...
Pedaços de pura sorte.
Colou os pedaços no vento...
Esperava um novo tempo...
Do sol que se punha no firmamento.
Viu que viver é presença...
É certeza e grande sentença...
É miragem e uma nova crença.
E se pudesse contribuir...
Diria para você seguir...
Pois, tudo está a sucumbir.
E se pudesse concordar...
Pediria para ajudar...
Aqui, no agora, andar.
Já sabe que cada um segue...
Um sonho que louco persegue...
E ao outro nem se apercebe.
Mas mesmo vivendo isolado...
Espero que olhe para o lado...
E deixe o seu recado.
Se pudesse, ainda, me ouvir...
Diria que fale do ir...
E deixe a vida seguir.
Se não me compreender...
Encare o seu eu, seu ser...
E siga sua arte, seu viver.