O VIGÉSIMO NONO DIA
Chegou o vigésimo nono dia.
Acordou se superando...
Sabia que alguém estava ansiando...
Por uma palavra esperando.
Dividiu seu dia ao meio...
Não teve nenhum receio...
Ouviu aquele que já interveio.
Colocou seu olhar ao longe...
Esperou um recado que esconde...
Uma fala não sabia de onde.
Ouviu um sussurro suave...
Cochicho de quem sabe...
Que Ele é socorro suave.
Que bela mensagem ouviu...
Que alegria sentiu...
E para a outra margem partiu.
Desenhou na água que passava...
Uma linha que acabava...
No infinito da onda que rolava.
Viu sua sombra se espelhar...
Na água que estava a balançar...
Seu mundo, seu tempo, seu ar.
Assim, contente ficou...
Assim, feliz chorou...
Assim, em paz orou.
Faça um lembrete leve...
Revolva essa mente que segue...
Em paz e sossego breve.
Já que está por aí...
Quem sabe deixa fluir...
Um falar de puro sorrir.
Você é humano e capaz...
Lembre do tempo fugaz...
Que pertence àquele que faz.
Sorria para a vida presente...
Faça um relato diferente...
É um conselho pertinente.
É hora de desvendar...
Seu tempo que está a passar...
Num piscar de seu olhar.