O VIGÉSIMO SÉTIMO DIA
Chegou o vigésimo sétimo dia.
Acordou com a vida em revolta...
Era um dia sem volta...
Temia uma reviravolta.
Pensou que estava bem...
Conforme sempre convém...
Pensava ir além.
É claro que era só inicio de dia...
Muito ainda viveria...
Naquele que apenas começaria.
Ligou um pensamento abstrato...
A outro que colou no ato...
Como um porta retrato.
Viu que não faria diferença...
Cada um tem uma crença...
E dita sua própria sentença.
Resolveu não pensar no acontecido...
Visto que ja havia partido...
E o que sobrava era sofrido.
Enrolou num papel de jornal...
Aquilo que lhe fazia mal...
E jogou para o quintal.
Sentiu um alívio imenso...
Era um peso intenso...
Sofrido, doido, tenso.
Saiu mais leve e contente...
Como um pássaro crente...
Que o ar que respira é quente.
Agora que conhece seu emocional...
Escreva um recado sensacional...
Que lembra um viver sem igual.
É fato que nem sempre é possível...
Dar um recado ao invisível...
Mas é necessário e insubstituível.
Se visse a angústia da espera...
Se vivesse a ansiedade que supera...
Escreveria agora uma nova era.
Vai dizer "que bobagem"...
Vai pensar "que viagem"...
Mas, escreva sua mensagem.
Ouve essa súplica e desespero...
Use sua coragem e esmero...
Ofereça um bom conselho.