O VIGÉSIMO QUARTO DIA
Chegou o vigésimo quarto dia.
Nem dormiu de ansiedade...
Estava em estado de saudade ...
Era um dia sem verdade.
Recebera uma surpresa...
Que era uma leveza...
Resultado de muita dureza.
Estava flutuando...
Estava comemorando...
Estava sonhando.
Havia um dia que não escrevia...
Com tamanha nostalgia...
Este era um novo dia.
Pegou lápis, papel e vento...
Saiu correndo contra o tempo...
Para recuperar seu pensamento.
Encontrou um pedaço do sol...
Enrolado no caracol...
Escreveu no arrebol.
Era uma palavra de realização...
Que lembrava emoção...
E trazia boa sensação.
Contou a todos que se acercava...
A alegria que se marcava...
No papel que rabiscava.
Viu que ninguém entendia...
Seu jeito, sua nostalgia...
Seu tempo que ali vivia.
Calou sua voz, seu pranto...
Procurou um acalanto...
Numa música, num canto.
Sorriu suavemente...
Aguardou calmamente...
O tempo que chega latente.
Ja sabe que tudo transforma...
Que assume nova forma...
Que jamais igual retorna.
Sabe que viver é talento...
Alegria, dor, contentamento...
Paz, harmonia, tormento.
São tantos entraves no caminho...
São tantas vitorias em desalinho...
É a vida passando de mansinho.
Sim está na hora de agir...
Hora de andar, partir...
Outros caminhos seguir.
Vamos, dê um conselho forte...
Mostre um novo norte..
Permita uma nova sorte.
Assim sem querer ser incoerente...
Porém, sendo insistente...
Viva a vida que sente.
Recorte a alegria....
E vive em sintonia...
Enquanto chega seu dia.
Pode até ser um fardo...
Viver assim isolado...
Num tempo em desagrado.
Aqui ou em outro lugar...
Calado ou a falar...
Deixe o seu pensar.
Seja um elo de ligação...
Da fala que gera ação...
Do escrito de sua emoção.
É um pedido sincero...
É aquilo que quero...
É o que por hoje espero.