O VIGÉSIMO SEGUNDO DIA
Chegou o vigésimo segundo dia.
Acordou cansada...
Era ainda madrugada...
E estava esgotada.
Lembrou do dia anterior...
Da força do superior...
Aquele que espalha amor.
Sempre é assim a viagem...
Consolo e muita coragem...
É o que encontra em cada estalagem.
São paradas necessárias...
Que ajudam na luta diária...
E nas horas solitárias.
Quem experimentou esse abraço...
Que é ferro com puro aço...
Sabe o que com o lápis traço.
Sempre seguir consciente...
Com um pensamento coexistente...
É o diferencial coerente.
Marcou então com um compasso...
A distância do seu passo...
Com o sentido do traço.
Viu que a distância circular...
Que seguia o seu olhar...
Era o rumo do seu caminhar.
Resolveu romper o círculo...
Quebrou um vínculo...
Arrebentou um cubículo.
Quase no fim da linha...
Quando estava sozinha...
Percebeu como se caminha.
Mas isso não é novidade...
É uma realidade...
Vivida pela humanidade.
Somos passageiros do espaço...
Caminhamos construindo traço...
Rumo ao fim sem cansaço.
Aqui cabe informar...
Que o seu caminhar...
Se mistura com o seu falar..
Então, escreva uma palavra que consola...
Sobre o tempo que transforma...
E que nunca mais retorna.
Seja um falar especial...
Que dita um recado formal...
Para um mundo ideal.
É claro que tudo passa...
É certo que tudo trespassa...
A vida que em tudo ultrapassa.
Não seja tão instigante...
Nem muito deselegante...
A vida é muito importante.