O VIGÉSIMO PRIMEIRO DIA
Chegou o vigésimo primeiro dia.
Acordou lentamente...
Tomou um banho quente...
Queria seguir em frente.
Viu um pássaro voar...
Seguiu seu belo alçar...
Quis a vida cantar.
Lembrou uma melodia...
Que trazia nostalgia...
Uma linda sinfonia.
Cantarolou em sua mente...
Um verso simplesmente...
Sentiu uma lágrima quente.
Molhou seu rosto frio...
Sentiu um calafrio...
Parecia ser um rio.
Queria fugir da tristeza...
Era uma estranheza...
Parecia pura moleza.
Evitou falar com o mundo...
Sentiu chegar profundo...
Naquele que seria o fundo.
Viajou pelo inconsciente...
Logrou um sorriso beneficente...
Ao seu olhar clemente.
Que lástima caminhar sem rumo...
Que pena chorar profundo...
Que luta vencer o mundo.
Sabia ser assim difícil...
Viver este artifício...
Que condena como um vício.
Cortou uma aresta protuberante...
Seguiria adiante...
Vencendo o ar inconstante.
Gritou para você ouvir...
Agora que quer partir...
Deixe a vida fluir.
Não pode ouvir o pensamento...
Que é cheio de pressentimento....
E leva ao firmamento.
Agarrou uma palavra perdida...
Segurou uma vírgula caída...
Pontuou com o sonho a vida.
Logrou compreender a verdade...
Havia muita desigualdade...
O melhor era ter humildade.
Assim humildemente...
Pede que seja clemente...
E fale do Deus presente.
Quer que fale da calma...
Precisa ouvir de sua alma...
O cochicho que acalma.
É uma palavra alegre..
E um sorriso breve...
E um viver leve.
Comece com um ponto...
Distribua acalanto...
Para essa que vive um dia de pranto.